História de Jerusalém
A cidade de Jerusalém tem uma história que data do 4º milênio a.C; tornando-a uma das mais antigas do mundo. Jerusalém é a cidade santa no Judaísmo e o centro espiritual dos judeus desde o século X a.C. Contém um número de significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão.Surgimento
Períodos Templários
O rei Davi reinou até 970 a.C. Ele foi sucedido pelo seu filho Salomão, que construiu o Templo Sagrado no Monte Moriá. Após a morte de Salomão (c. 930 a.C.), as dez tribos do norte se uniram para formar o Reino de Israel. Sob a liderança da Casa de David e Salomão, Jerusalém continuou a ser a capital do Reino de Judá.
O Templo de Salomão (mais tarde conhecido como o Primeiro Templo), passou a desempenhar um papel central na história judaica como o lugar onde estava guardada a Arca da Aliança. Ao longo de mais de 600 anos, até à conquista babilônia, em 587 a.C; Jerusalém foi a capital política e religiosa dos judeus. Este período é conhecido na história como o Período do Primeiro Templo.
Quando a Assíria conquistou o Reino de Israel, em 722 a.C., Jerusalém foi fortalecida por um grande afluxo de refugiados provenientes do norte do reino. O Primeiro Período Templário acabou em cerca de 586 a.C; quando os Babilônios conquistaram Judá e Jerusalém, e devastaram o Templo de Salomão. Em 538 a.C; após cinquenta anos do exílio na Babilônia, o rei aquemênida Ciro, o Grande convidou os judeus a regressarem à Judá e Jerusalém e reconstruíram o Templo. A construção do Segundo Templo de Salomão foi concluído em 516 a.C., durante o reinado de Dario, o Grande, setenta anos depois da destruição do Primeiro Templo. Jerusalém retomou o seu papel de capital de Judá e centro de culto judaico. Quando o comandante grego Alexandre o Grande conquistou o Império Aquemênida, Jerusalém e Judeia caíram sob controle grego, e em seguida sob a dinastia ptolomaica sob Ptolomeu I. Em 198 a.C., Ptolomeu V perdeu Jerusalém e a Judeia para o Selêucidas sob Antíoco III. A tentativa Selêucida de retomar Jerusalém do domínio grego teve sucesso em 168 a.C. com a bem sucedida revolta macabeia de Matatias, o Sumo Sacerdote e os seus cinco filhos contra Antíoco Epifanes, e a criação do Reino Hasmoneu em 152 a.C., novamente com Jerusalém como capital.
Divisão e a controversa reunificação
A guerra terminou com Jerusalém dividida entre Israel e Jordânia (então Cisjordânia). O Armistício de 1949 criou uma linha de cessar-fogo que atravessava o centro da cidade e à esquerda do Monte Scopus como um exclaveisraelense. Arame farpado e barreiras de concreto separaram Jerusalém de leste a oeste, e caçadores militares frequentemente ameaçaram o cessar-fogo. Após a criação do Estado de Israel, Jerusalém foi declarada a sua capital. A Jordânia anexou formalmente Jerusalém Oriental, em 1950, sujeitando-a à lei jordaniana, em uma atitude que só foi reconhecido pelo Paquistão.
A Jordânia assumiu o controle dos lugares sagrados na Cidade Velha. Oposto aos termos do acordo, foi negado o acesso dos israelitas aos locais sagrados judaicos, muitos dos quais foram profanados, e apenas permitiram o acesso muito limitado aos locais sagrados cristãos.Durante este período, a cúpula da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa sofreram grandes renovações.
Durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel ocupou Jerusalém Oriental e afirmou soberania sobre toda a cidade. O acesso aos lugares sagrados judeus foi restabelecido, enquanto a Esplanada das Mesquitas permaneceu sob a jurisdição de um islâmico waqf. O bairro marroquino, que era localizada adjacente ao Muro das Lamentações, foi desocupado e destruído para abrir caminho a uma praça para aqueles que visitam o muro. Desde a guerra, Israel tem expandido as fronteiras da cidade e estabeleceu um "anel" de bairros judeus em terrenos vagos no leste da Linha Verde.
No entanto, a aquisição de Jerusalém Oriental recebeu duras com críticas internacionais. Na sequência da aprovação da Lei de Jerusalém, que declarou Jerusalém "completa e unida", a capital de Israel, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que declarava a lei "uma violação do direito internacional" e solicitou que todas as os Estados-membros retirassem suas embaixadas da cidade.
O status da cidade, e especialmente os seus lugares sagrados, continuam a ser uma questão central no conflito palestino-israelense. Colonos judaicos ocuparam lugares históricos e construíram suas casas em terras confiscadas de palestinos, a fim de expandir a presença judaica na parte oriental de Jerusalém, enquanto líderes islâmicos têm insistido que os judeus não têm qualquer laço histórico com Jerusalém. Os palestinos encaram Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado palestino, e as fronteiras da cidade têm sido assunto de conversas bilaterais.